FALAR EM LÍNGUA ESTRANHA

Talvez, o que eu esteja escrevendo possa lhe parecer um tanto estranho, mas, nunca devemos nos esquecer que, nem tudo que é estranho para mim, será estranho para todos.

O conceito de "estranho" é subjetivo e,  portanto, tem variações muito profundas na sua interpretação.

Aqui estarei discorrendo sobre um tema que é de sítio religioso, bíblico e cristão, portanto, minhas citações estarão no mesmo contexto. 

Existem muitas dúvidas sobre este tema e, por mais que eruditos se esmerem em suas explanações, muitos ainda saem duvidosos ou temerosos em aceitar ou realinhar suas convicções pessoais.

O objetivo deste trabalho não é o de mudar, nem mesmo alterar, crenças e dogmas religiosos, pois, me faltaria capacidade e vontade de, ao menos, enveredar por estes caminhos. Então, me resta, apenas, a apresentação dos resultados de uma pesquisa pessoal, porém, cuidadosa de assuntos que me aprazem e me cativam, como o é este aqui abordado, os quais não são mais preciosos ou cuidadosos que os seus.

Ouvi uma afirmativa em um trabalho publicitário que me chamou a atenção pela provocação que produziu nos meus pensamentos e vou reproduzi-la para alinhamento de raciocínio filosófico:

                  "Não são as respostas que movem o mundo mas as perguntas."

 Então, vamos às perguntas.

O que vem a ser "falar em língua estranha"?

Esta expressão está muito presente em denominações evangélicas pentecostais, mas, nem todas as igrejas pentecostais as adotam em suas liturgias. Ainda que estejam presentes em diversas igrejas cristãs, muitas igrejas cristãs não as adotam como costume e, outras, até mesmo a recusam em suas liturgias e as abolem nas homilias. 

Falar em língua estranha é uma expressão bíblica, então, vamos pesquisá-la.

A expressão língua estranha é majoritariamente atribuída ao fenômeno ocorrido em Jerusalém e que está registrada no capítulo 2 de Atos dos Apóstolos:


"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem."
(Atos 2:1-4)


  1. Língua estranha é um idioma humano?
  2. É uma língua que deve ter uma finalidade evangelística?
  3. Deve ter alguém que a conheça para que a interprete?
  4. O dom do Espírito Santo;
Temos alguns textos que trazer aparente divergência. O apóstolo Paulo escreveu à igreja de Coríntios que quem fala em língua estranha não fala aos homens:

"Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios". (1 Co 14, 2).


Vamos analisar quem disse esta frase;

O apóstolo Paulo não é considerado uma pessoa que errava no que afirma voltando atrás logo após. Pelo contrário, muitos atribuem aos seus textos o status de "Palavra de Deus", pois afirmamos: "Assim diz a Palavra de Deus na carta aos Corintios...", então, este texto tem toda a credibilidade que é atribuída à própria Bíblia, pois a compõe e é protegida pelo alerta de que "nada se acrescente ou diminua do seu conteúdo" 

Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro;
e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.
Apocalipse 22:18,19



















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